quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Escola Experimental Via Magia

A Casa Via Magia foi fundada em 1982 em São Paulo e em 1984 está estabelecida em Salvador - Bahia. O projeto da escola sempre esteve baseado em um trabalho de pesquisa e produção de novas idéias e materiais em Educação, firmando-se como um centro de formação de educadores.
Este trabalho está fundamentado numa triangularidade de interfaces: corpo, convívio e linguagem. Isso significa apontar sempre para a relação entre indivíduo e grupo, pensamento e sentimento, arte e ciência. Trata-se, portanto, de uma visão sistêmica orientada por uma filosofia de educação aberta a processos de transformação e crescimento, tanto para os educandos quanto para os educadores.
Busca o desenvolvimento da criança e sua construção de noções e não apenas o assimilar do conhecimento social acumulado. O importante é que a criança desenvolva um conhecimento abrangente, crítico, interrelacionado, significativo; que aprenda a buscar respostas, a fazer relação do aprendizado com sua vida e não apenas associá-lo a conteúdos meramente escolares sem sentido para ela. Para eles, os livros paradidáticos construídos pelas crianças, os jogos corporais e de regra, têm um papel fundamental nessa metodologia.



Educação :

A Escola busca o desenvolvimento da criança e sua construção de noções, não apenas o assimilar do conhecimento social acumulado. O importante é que a criança desenvolva um conhecimento abrangente, crítico, inter-relacionado, significativo; que aprenda a conviver, partilhar problemas e buscar respostas, a relacionar o aprendizado com sua vida, ao invés de apenas associá-lo a conteúdos meramente escolares, sem sentido para ela. Os livros paradidáticos contruídos pelas crianças, o estudo interdisciplinar, os jogos corporais e de regra e o convívio aberto de momentos livres têm um papel fundamental nessa metodologia.
Foca a visão histórica da construção do conhecimento, a discussão de diferentes pontos de vista, o aprender a questionar, a ouvir e a considerar o outro, a ser flexível. Trata-se, portanto, de uma visão sistêmica orientada por uma filosofia de educação aberta a processos de transformação e crescimento, tanto para os educandos quanto para os educadores.
Valoriza o processo do próprio da criança, a sinceridade entre professor e aluno, o perguntar e o responder, o inter-relacionar dimensões e possibilidades do saber de cada um, um ambiente de convívio para pensar, fazer e refazer, criar e recriar.
Vivenciam juntamente com as crianças o prazer de descobrir a leitura e a escrita, os enigmas matemáticos, a essência histórica dos estudos sociais e das ciências.


Modo de trabalhar:

A dimensão que a escola dar ao trabalho com as artes  pode ser representada pela escolha do sensível, do lúdico, do próprio de cada aluno e de cada professor, e pela possibilidade de trazer também o científico de uma forma orgânica, adequada ao processo de crescimento da 1ª e 2ª infâncias – quando não há separação possível entre sentimento e pensamento. Decorre daí, no trabalho com as crianças menores, a importância de unir o corpo, o pensamento e o grafismo; a palavra falada, a palavra escrita e a palavra cantada; expressão espontânea e orientada; exploração de materiais e convívio de combinações e acordos.
Através da brincadeira, da dramatização, do canto, da dança, da observação, da pesquisa, a criança pode produzir conhecimento, apropriar-se de alguma forma do conhecimento social, refazer a tradição, buscar um lugar singular na cultura.
Na alfabetização as crianças produzem livros coletivos variados e suas próprias cartilhas individuais, que contêm palavras, temas e tempo de cada um. Trabalham no universo da linguagem e da língua enquanto sujeitos ativos, com escrita de poesias, cartas, histórias, entrevistando pessoas sobre assuntos significativos e escolhidos pelo grupo; através de estudos, jogos e brincadeiras, invenções, passeios; através de troca de brinquedos, roupas e merendas; de conversas e de leituras diversas.
No Ensino Fundamental, a ênfase na valorização do processo de desenvolvimento da criança resulta num trabalho integrado entre as principais áreas do conhecimento que compõem o currículo deste período (Português, Matemática, História, Geografia, Biologia, Inglês, Informática, Artes, Esportes, Educação Ambiental). As aulas são dinamizadas através de vídeos, dramatizações, músicas, passeios, entrevistas, pesquisas em livros, jornais e revistas.
As crianças do Ensino Fundamental constróem seus próprios livros de estudos sociais e de estudos biológicos e também livros de problemas matemáticos. Estudam também pelos livros escritos por outras crianças, produzem livros de ficção, fazem histórias em quadrinhos e poesias. Trabalham as disciplinas em seus diferentes aspectos: histórico, relacional, conceitual e de registro. Utilizam jogos, materiais concretos, deveres criativos e deveres técnico/criativos, articulados com suas próprias vivências, desenvolvem um aprendizado em que a subjetividade e corporalidade continuam incluídas. Procuramos ajudar a criança a entrar em contato com seu desejo de saber e lidar o mais sinceramente possível com os conflitos que surgem neste processo de aprendizagem.
É importante que as crianças possam preparar-se para tomar decisões, aprender a renovar-se e redimensionar a realidade em que vivem, da forma mais equilibrada possível, para poderem contribuir para a transformação social. É importante dar-lhes sempre a oportunidade de sentir, pensar e julgar.



A HORA LIVRE :

Na hora livre, a criança pode reencontrar outras crianças, retomar interesses próprios, continuar uma atividade ou inventar algo novo. É o momento do percurso individual dentro da convivência. De poder circular por todos os espaços, tendo um adulto garantindo o funcionamento de cada ambiente.
Os elementos do espaço e os materiais escolhidos para o dia, por sua vez, sugerem atividades, possibilidades. Eles são o referencial da criança neste momento. O referencial do adulto é o interesse da criança, seu confronto com a realidade dos limites e do social, necessários a qualquer fluir, como rio que não corre sem as margens. É função dos adultos garantir a segurança do livre deslocamento, dos movimentos e desafios dos jogos e brincadeiras, das conversas e trocas de brinquedos, ajudar a criança a conquistar sua autonomia.
A idéia é todos os educadores cuidarem de todos os alunos e todos os alunos conviverem entre si, sem especificações de grupos e idades (dentro da variação Educação Infantil e Ensino Fundamental, separadamente), ampliando o aprendizado entre adultos e crianças, entre crianças e crianças e entre adultos.
A Hora Livre é um momento riquíssimo, quando cada um pode ocupar um lugar não só no seu grupo de trabalho como também dentro da comunidade escolar mais ampla, que inclui meninos e meninas dos vários grupos e diferentes professores e professoras. É, um momento de recuperar um pouco das experiências infantis das calçadas e quintais, espaços de interação hoje praticamente extintos, já que as cidades e as moradias quase não os oferecem mais às crianças.
Por conta disso,a escola permite e organiza  com as crianças, a inclusão de seus brinquedos e objetos pessoais, principalmente na Hora Livre, que tem resultado em um exercício de elaborar e reelaborar regras, de fazer e refazer a ponte casa/escola, de expressão da subjetividade no mesmo tempo que de construção de referências (para partilhar, emprestar, devolver, guardar, trocar).


A HORA DO GRUPO :

Na hora do grupo o referencial da criança passa a ser um adulto, um grupo, um espaço. O referencial do adulto é o desenvolvimento da criança, seu desabrochar mais pleno possível. Através de observação, experimentação e estudo, o adulto propõe atividades ao grupo, procurando respeitar o espaço e o ritmo de cada um. Por isso, as propostas podem ser diversificadas. O adulto também pode oferecer à criança uma atividade alternativa a que o grupo como um todo está realizando.
As dinâmicas variam conforme atividades e projetos que são desenvolvidos individualmente, em duplas, em trios, quartetos e também todo o grupo conjuntamente.
A organização das crianças durante a Hora do Grupo faz parte do trabalho do professor, na medida que há muita proposta de interação entre elas e isso demanda rearrumações da geografia da sala de aula.
A conversa na roda, prática conhecida da Educação Infantil, é preservada pela escola, no Ensino Fundamental. É um momento diário de encontros de todos, quando se estabelecem acordos e planeja-se estudos e passeios; quando corrige exercícios; quando ler, ouvi e comenta diferentes tipos de textos.
A Hora do Grupo é maior quanto maior for o grupo de idade, podendo durar uma hora, duas, duas e meia ou três horas.








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